domingo, 21 de março de 2010

Tango!

"Não em encare assim!

Solte meu braço e pare de apertar..."

A dama da noite desliza na pista, com muita leveza e sem movimentos bruscos desfila no salão...
O Cavalheiro sentado a direita observa com atenção...
Seus olhos se encontram...

O tango começa...
Ele se levanta e vai para a porta.
Ela levanta a cabeça e segue para sua mesa.
Quando ele chega porta ousa olhar para trás...
Ela já está aos risos altos com amigos...

Nos olhos dele a lágrima nunca solta...
Nos olhos dela o veneno que o corrói...

Ele atravessa o salão com passos fortes e rosto fechado...
Ela não percebe e se deixa cair um copo de vinho na mesa...
Ele a pega pelo braço e arrasta com um pouco de força a mais....
Ela o questiona se realmente era necessário aquilo...

O tango continua...
Lá fora.

Ele: Não me encare assim!
Ela: Solte meu braço e pare de apertar!

Ele a solta e acende um cigarro
Ela cruza os braços e o encara

Eles se olham.
Ele a come com olhos de ódio...
Ela o culpa com olhos de dor...

Ele a agarra e sente seu cheiro...
Ela suspira e quase desfalece em seus braços...
Ele diz: Você será só minha!
Ela diz: Eu me deitei com outro!

Ele a encara face a face
Ela o encara face a face

A lágrima escorre no rosto dele...
Ela tenta sorrir e esconder a lágrima em seu rosto....
Ele a solta...
Ela cai ao chão...
Quando ela volta a olhar para ele...
Ele já estava com a arma carrega em sua cabeça...

O tango parou repentinamente!!
E morto com um tiro na cabeça ele ficou estirado no chão...
Em cima dele as lágrimas daquela que nunca foi de um homem só!

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O vento...

Respiração ofegante....

Onde?
Ali?
Não, para o outro lado!
Rápido!
Mais rápido!

Aqui?
Não!
Por ali.

Correndo, correndo, correndo...
Correndo pra buscar o que?
Meu instinto grita em meu peito me guiando pelos caminhos...
Me solte, não posso esperar!

Girando, girando, girando...
A paisagem gira e eu me encontro aqui parado nesse ponto...
Meus pensamentos já não seguem mais o roteiro...
E talvez eu até esteja louco, aqui no meio do nada...

Nada?
Silêncio.
O vento toca meu rosto e me sussurra: Vá!
Meu coração quase rasga meu peito de tão forte...
Um sorriso meio de lado ousa sair...
Minhas pernas começam a se movimentar...
Cada vez mais rápido, mais rápido, mais, muito mais....
E rumo ao topo do morro vou correndo...

Somente eu e o vento...
Somente eu e o instinto...
Somente eu e o coração que bate forte....
Somente eu...

E ao topo do morro chego e ali o vento me sussurra novamente...
"Pronto! Agora já pode seguir novamente..."
Sorri.
Dei meia-volta e voltei para casa.

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quinta-feira, 18 de março de 2010

O Trem

Nenhum texto!

Nenhuma palavra a mais!

Cansei, cansei mesmo...
Ahh esse mundo indeciso...
Eu sei o que eu quero e não, eu não posso esperar...
Meu trem tá parado na estação e tenho de seguir viagem se você não pode pegar na minha mão, só me resta dar uma "tchau", aquele assim meio de despedida...
Aquele que a gente aperta o abraço, solta um sorriso e olha como se dissesse: "Fazer o que né?!"
Mas isso não dói em mim, não mais!
E "Tchau" boa sorte, boa sorte de coração!

Meu trem tá quase saindo e não dá pra esperar...
Não me ligue, não! Eu não atenderei suas ligações, estarei muito ocupado...comigo!
Vá e compre uma passagem, seu trem vai sair também, só não tem horário certo ainda!
Meu trem tá lá, a todo vapor já, prontinho pra sair por esse mundão, visitando e me mostrando tantos lugares...
Eu to prontinho pra subir nele agora...
Não me leve a mal, esse meu jeito de ir falando assim que não me importo...
Mas é que eu sou sincero, e não importa mesmo...

Meu trem tá saindo...
Eu sei que vou esbarrar em você várias vezes, mas meus olhos não procurarão mais os seus...
Meus olhos não procuram mais ninguém, agora eu preciso subir no trem...

Meu trem tá saindo...
E eu to indo...

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